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O Aumento da Esperança Média de Vida, a Demência e o Alzheimer

Em Portugal o número e a percentagem de pessoas com demência é crescente, fruto do aumento da esperança média de vida que tem sido significativa e associada à redução da natalidade. No entanto, se analisarmos as demências por idade e por sexo, observamos que nas últimas décadas, ano após ano, se verifica uma redução na incidência da demência.

A Doença de Alzheimer é a demência mais frequente. E, sem dúvida, o principal fator de risco principal é a idade. Por outro lado, nas outras formas de demência a idade não é o fator determinante.

Assim, efetivamente, o envelhecimento, não é uma doença, mas é um fator de risco para um conjunto de doenças, onde se inclui a demência, nomeadamente a Doença de Alzheimer.

O diagnóstico da demência

Na abordagem de um doente com suspeita de demência, a história do paciente, a observação clínica e psicológica são, por isso, os elementos essenciais do diagnóstico.

A investigação clínica, ao associar marcadores químicos, neuropsicológicos e neurorradiológicos permite-nos afirmar com grande probabilidade que se trata de uma doença de Alzheimer. Apesar do diagnóstico ser sustentado por todos estes marcadores e exames, infelizmente até ao momento não dispomos de nenhum medicamento que atrase significativamente a evolução da doença.

A importância de confirmar o diagnóstico de Doença de Alzheimer

Confirmado o diagnóstico de demência é essencial excluir as múltiplas causas tratáveis da doença. Como o hipotiroidismo, défice de vitamina B12, aumento da pressão do líquor no cérebro, AVCs de repetição, etc. O diagnóstico de Alzheimer só se pode fazer após se excluir todas as causas tratáveis.

Na minha experiência enquanto Neurologista, na atualidade um número significativo de doentes estão rotulados de Doença de Alzheimer, a fazerem terapêuticas prolongadas, sem benefícios para a demência e, na verdade, sofrem de depressões ou alterações psicóticas não tratadas.

A prevenção da demência

Estudos epidemiológicos apontam para cerca de 40% das demências poderem ser evitadas e tratadas. A razão mais provável para a redução da prevalência da doença é o melhor controlo da hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca, etc. Contudo, são também importantes para esta diminuição a utilização da anti-agregação plaquetária e anticoagulação na prevenção de fenómenos cardioembólicos.

Défice cognitivo e idade

A observação médica deve avaliar e valorizar cada vez mais os défices auditivos, visuais e dos outros órgãos dos sentidos que acompanham a evolução natural do processo de envelhecimento. E contribuem para o crescente défice cognitivo. Mas, podemos ainda reduzir a incidência das outras causas de demência não Alzheimer.

Como reduzir o risco de demência?

Reduzir a ingestão de sal, excesso de álcool, tabaco, drogas, benzodiazepinas, antiácidos e ter uma dieta equilibrada são os segredos para minimizar o risco de demência.

De acordo com algumas investigações, sabemos que nas pessoas com menor escolaridade, o Alzheimer evolui mais rápido. A reserva cognitiva é variável de pessoa para pessoa. Além destes fatores, hoje é consensual que se devem criar ambientes confortáveis e familiares que facilitem a estimulação cognitiva. Ler, jogar, conviver com os amigos, pensar e andar são atividades que estimulam o nosso cérebro e contribuem para o retardar do processo demencial.

Por exemplo, quando fazemos um movimento físico, como simplesmente andar ou quando nos é realizada uma massagem muscular estimulamos eletricamente o córtex cerebral.

Em suma, uma carícia, um abraço, um beijo estimulam da mesma forma outras áreas do córtex cerebral, não menos importantes.

Vamos pensar nisto e reduzir assim o declínio cognitivo?

 

Artigo de Joaquim Machado Cândido, diretor clínico da Andar Clinic, sobre a Doença de Alzheimer.

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Setembro 9, 2024 Notícias

Fascite plantar – pisar bem para andar melhor

A dor no pé é um sintoma muito comum que pode ocorrer em variadíssimas situações, umas simples de identificar, outras mais complexas de diagnosticar e até difíceis de tratar.

Ao longo da vida, a maioria das pessoas já sentiu, pelo menos uma vez, uma dor mais persistente na planta do pé. Principalmente na zona no calcanhar, e em algumas situações, na zona mediana do pé. Não estamos a falar do famoso esporão do calcâneo, mas sim de fascite plantar.

A fascite plantar é uma inflamação na planta do pé que se caracteriza por uma dor aguda. Esta inflamação desenvolve-se devido a uma tensão ou força exercida numa estrutura fibrosa e pouco elástica, denominada fáscia. A sua principal manifestação clínica é a dor na zona do calcanhar que ocorre no início do dia quando colocamos o pé no chão e damos os primeiros passos, tende a melhorar ao longo do dia, mas quando em repouso, a dor retorna. É mais comum ser unilateral.

As pessoas que manifestam esta patologia apresentam um tipo de pé cavo (excesso de curvatura) ou plano, o chamado pé chato (sem curvatura).

Em qualquer uma das situações, assim que sofre alguma tensão mais brusca, a fáscia acaba por inflamar. Existe um tipo de população que acaba por padecer mais desta patologia, nomeadamente os atletas de corrida, devido ao movimento repetitivo e tensão exercida durante a prática desportiva. Além disso, sendo provocada por excesso de tensão sobre a fáscia, a população que apresenta excesso de peso (obesidade) está também mais predisposta a esta patologia. Principalmente se ocorreu um aumento de peso brusco ou se iniciou atividade desportiva com calçado não indicado.
Em ambiente laboral, as pessoas que desempenham a sua atividade profissional durante muitas horas de pé, com pouca mobilidade, têm também um risco elevado de desenvolver fascite. De salientar ainda que, devido ao rápido aumento de peso durante a gravidez, e pelo facto de a estrutura do pé não estar preparada, as grávidas podem também sofrer com fascite.

Quais as causas da fascite plantar?

Na maioria das vezes não existe uma causa única e específica para o desenvolvimento desta inflamação. É comum a presença de um conjunto de fatores que predispõem para o seu desenvolvimento. Por exemplo, sabemos que as pessoas que praticam exercício e que também têm excesso de peso são as que têm mais predisposição para desenvolver esta patologia. O uso inadequado de calçado, seja na prática desportiva (ténis) ou calçado dito mais confortável (chinelos rasos ou havaianas), contribuem também para o desenvolvimento da inflamação da fáscia.
O uso de salto alto excessivo pode ser também uma causa para o desenvolvimento desta patologia nas mulheres.

A existência de outras doenças associadas, como, por exemplo, a artrite reumatoide pode também contribuir para este desfecho, ou muitas vezes, dificultar o diagnóstico.

Por este motivo, a fascite plantar exige uma avaliação clínica e deve ter uma abordagem multidisciplinar. Para se obter um diagnóstico correto, o profissional de saúde pode ter de recorrer a exames complementares de diagnóstico. Entre eles o raio-x em carga, ecografia ou ressonância magnética.

Tratamento da fascite plantar

O tratamento conservador deve ser o privilegiado numa primeira fase. Passa pelo uso de palmilhas personalizadas, algum repouso e exercícios de relaxamento que as pessoas podem fazer em casa. Caso não se obtenha ao fim de algum tempo resultados consistentes, pode ser necessário algumas técnicas de fisioterapia. E, em alguns casos mais severos, poderá haver necessidade de recorrer também a procedimentos, como infiltrações ou mesmo cirurgia.

A resolução total da fascite pode ser demorada. Nesse sentido, a prevenção é essencial, também com o uso de palmilhas personalizadas.

Se pretender saber mais sobre esta patologia visualize algumas das participações da AndarClinic sobre este tema na CNN, na TVI, entre outros.

Artigo de Miguel Vila Pouca, podologista da Andar Clinic, sobre fascite plantar, uma inflamação na planta do pé.

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A equipa da Andar Clinic é composta por especialistas altamente qualificados, cujo conhecimento é aplicado de forma integrada na prevenção e tratamento de distúrbios da marcha.
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