A Podologia é uma especialidade da saúde dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento das condições que afetam os pés e estruturas correlacionadas. Este campo abrange desde problemas simples, como calosidades e unhas encravadas, até questões complexas como deformidades congénitas e patologias crónicas como o pé diabético.
Os profissionais de Podologia, conhecidos como podologistas, desempenham um papel fundamental na manutenção da saúde dos pés, contribuindo significativamente para a qualidade de vida e mobilidade dos pacientes.
A Podologia destaca-se como uma disciplina crucial para o bem-estar dos pés, fundamentando-se na experiência dos podologistas em diagnosticar e tratar uma variedade de condições podológicas. Com uma abordagem especializada, oferece soluções personalizadas que visam não só aliviar sintomas, mas também promover a saúde preventiva dos pés.
Os serviços podológicos da Andar Clinic abrangem desde a prescrição de palmilhas ortopédicas e o tratamento de lesões desportivas até intervenções cirúrgicas menores, quando necessário. Além disso, a educação contínua sobre práticas de cuidado dos pés e a escolha adequada de calçado são fundamentais para a prevenção de complicações futuras e a manutenção da saúde podológica.
Em suma, a Podologia é uma especialidade essencial que não só trata problemas podológicos existentes, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de complicações futuras e na promoção da saúde dos pés. Com uma abordagem multidisciplinar e inovadora, os podologistas são fundamentais para o bem-estar e a qualidade de vida dos seus pacientes, contribuindo assim para um estilo de vida mais saudável e ativo.
O pé diabético é uma complicação severa associada à diabetes mellitus, caracterizada por lesões nos pés que podem evoluir para úlceras e até mesmo amputações se não forem adequadamente tratadas.
Em Portugal, a situação é preocupante, com uma prevalência significativa de diabetes na população, apresentando o país a segunda maior prevalência de diabetes na União Europeia, com 13,6% da população afetada ou em risco de desenvolver a doença. Ou seja, aproximadamente 2,7 milhões de portugueses, um número alarmante que destaca a urgência de políticas de saúde eficazes para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado da diabetes e as suas complicações, incluindo o pé diabético.
Para mitigar os impactos do pé diabético, é crucial promover medidas preventivas como o controle rigoroso da glicemia, cuidados regulares com os pés, educação dos pacientes e profissionais de saúde, além de investimentos em tecnologias e terapias inovadoras. A gestão multidisciplinar desses casos, envolvendo médicos, enfermeiros, podologistas e educadores em diabetes, é essencial para reduzir a incidência de complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes diabéticos em Portugal.
Os joanetes, ou hálux valgo, são deformidades comuns na articulação do dedo grande do pé, onde ocorre um desvio do osso do dedo em direção aos outros dedos. Esta condição pode originar uma protuberância óssea percetível na base do dedo grande do pé, causando desconforto e dor devido à pressão exercida pelo calçado sobre a área afetada.
Os joanetes são frequentemente associados a fatores genéticos, uso de calçados inadequados que comprimem os dedos, como sapatos apertados ou de salto alto, e também podem ser exacerbados por condições como artrite reumatoide. Além da saliência óssea visível, sintomas comuns incluem vermelhidão, inflamação, dor ao caminhar ou ao usar sapatos, e dificuldade em mover o dedo afetado.
O tratamento inicial para joanetes pode envolver medidas conservadoras, como o uso de sapatos confortáveis e espaçosos que não comprimam os dedos, palmilhas ortopédicas para aliviar a pressão sobre a área afetada, e em alguns casos, o uso de dispositivos para corrigir a posição do dedo. Em situações mais graves, onde a dor persiste ou há comprometimento significativo da função, pode ser recomendada a intervenção cirúrgica para realinhar a articulação e corrigir a deformidade.
A infeção fúngica das unhas, também conhecida como onicomicose, é uma condição onde fungos invadem a lâmina ou o leito ungueal, ou ambos. Esta condição pode ser adquirida por meio de diversas fontes, incluindo contacto com pessoas ou animais infetados, solo contaminado, ou até mesmo através do uso compartilhado de instrumentos como tesouras ou alicates de unhas.
Os fungos responsáveis pela onicomicose geralmente prosperam em ambientes quentes, húmidos e escuros, como nos sapatos ou ao redor das unhas mal cuidadas. Os sintomas comuns incluem mudança na cor da unha (tornando-se amarelada, esbranquiçada ou com manchas), espessamento da unha, fragilidade, descolamento da unha do leito e, em casos avançados, dor e odor desagradável.
O tratamento da onicomicose pode envolver o uso de antifúngicos tópicos, medicamentos orais prescritos, ou em alguns casos, procedimentos como a remoção cirúrgica da unha afetada. A prevenção inclui manter as unhas limpas e secas, usar calçado adequado em locais públicos como piscinas e vestiários, evitar o compartilhamento de utensílios de manicure e pedicure, e buscar tratamento precoce ao observar sinais de infeção fúngica nas unhas.
O pé de atleta é uma micose na pele causada por fungos dermatófitos, que se alimentam da queratina encontrada na pele, cabelo e unhas. Esta condição geralmente se manifesta de forma mais intensa nos espaços interdigitais (entre os dedos), devido ao ambiente propício à proliferação de fungos em áreas quentes e húmidas.
Sem um tratamento adequado e oportuno, a infeção pode se espalhar para outras partes do corpo. Por exemplo, pode afetar a sola dos pés, causando descamação e coceira intensa. Além disso, os fungos podem invadir as unhas, resultando em onicomicose, caracterizada por mudanças na cor, espessamento e descolamento das unhas. Outra área comum de disseminação é a região das virilhas, onde a pele pode ficar vermelha, escamosa e pruriginosa.
O tratamento do pé de atleta e a suas complicações envolve o uso de antifúngicos tópicos, como cremes ou sprays, para aplicação na área afetada. Em casos mais severos ou persistentes, pode ser necessária a administração de medicamentos antifúngicos por via oral. Além do tratamento, medidas preventivas incluem manter os pés limpos e secos, evitar compartilhar calçados e utensílios de cuidado pessoal, e usar sandálias em ambientes comuns como vestiários e piscinas.
O diagnóstico e manejo precoces são cruciais para evitar a disseminação da infeção e para promover a rápida recuperação do paciente afetado pelo pé de atleta e as suas possíveis complicações dermatofíticas.
As verrugas nos pés, conhecidas também como verrugas plantares ou “olho de peixe”, são lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV) que geralmente aparecem na planta do pé. Estas verrugas podem desaparecer espontaneamente ao longo do tempo, mas também podem se tornar dolorosas e desconfortáveis devido à pressão exercida pelo peso corporal sobre a área afetada.
Devido ao seu potencial de serem altamente contagiosas, é essencial adotar medidas para evitar a sua transmissão. A infeção pode ocorrer através do contacto direto com a pele infetada ou com objetos contaminados, como toalhas, sapatos e superfícies em ambientes públicos.
O tratamento das verrugas plantares pode incluir diferentes abordagens, como Uso de ácidos queratolíticos para destruir a verruga, crioterapia, cirurgia de remoção e tratamentos imunológicos.
A onicocriptose, conhecida popularmente como unha encravada, é uma condição na qual a borda da unha cresce e penetra na pele adjacente, provocando inflamação e desconforto. Inicialmente, manifesta-se com uma pressão intensa entre o canto da unha e a pele ao redor, o que pode resultar em vermelhidão, sensibilidade e dor localizada.
Esta condição pode ser causada por diversos fatores, incluindo corte inadequado das unhas; lesões nos dedos dos pés, como ao usar sapatos apertados ou atividades que causam pressão constante nos dedos, podem predispor ao desenvolvimento de unhas encravadas e fatores anatómicos, dado que algumas pessoas podem ter unhas naturalmente mais curvadas ou largas, o que aumenta a probabilidade de unhas encravadas.
O tratamento inicial da onicocriptose pode incluir medidas simples, como imersão dos pés em água morna com sais ou antissépticos para aliviar a inflamação, seguido do uso de técnicas adequadas para levantar suavemente a borda da unha e aplicação de um curativo. Em casos mais severos ou recorrentes, pode ser necessária intervenção médica para a remoção parcial ou total da unha encravada.
Para prevenir unhas encravadas, é recomendável cortar as unhas retas e não muito curtas, usar sapatos que não apertem os dedos e evitar traumas repetidos nos pés. Consultar um podologista ou médico especializado é essencial para diagnóstico preciso e tratamento adequado, especialmente se a condição não melhorar com medidas caseiras ou se houver sinais de infeção associada.
A fasceíte plantar é uma condição caracterizada pela inflamação da fáscia plantar, uma banda espessa de tecido fibroso que se estende do osso do calcanhar até aos dedos dos pés. Esta fáscia desempenha um papel crucial no suporte do arco do pé e na absorção de choques durante a locomoção.
O principal sintoma da fasceíte plantar é a dor no calcanhar, especialmente ao dar os primeiros passos pela manhã ou após períodos de descanso prolongados. A dor também pode se intensificar ao longo do dia com atividade prolongada, como ficar em pé ou caminhar.
O diagnóstico de fasceíte plantar geralmente é baseado nos sintomas descritos pelo paciente e em exames físicos que avaliam a sensibilidade no calcanhar e a amplitude de movimento do pé. Em alguns casos, exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico e excluir outras condições.
A maioria dos casos de fasceíte plantar melhora com tratamento conservador, mas em alguns casos persistentes, podem ser consideradas opções adicionais como injeções de corticosteroides para reduzir a inflamação ou terapia física para fortalecimento e reabilitação.
É importante consultar um médico ou especialista em Podologia para um diagnóstico adequado e plano de tratamento personalizado, especialmente se a dor no calcanhar persistir ou piorar ao longo do tempo.
O pé plano, ou pes planus, é uma condição na qual o arco longitudinal interno do pé está reduzido ou ausente, fazendo com que toda a planta do pé entre em contacto com o chão. É comum em crianças pequenas, que nascem sem o arco desenvolvido, mas começam geralmente a desenvolvê-lo naturalmente dos 3 aos 4 anos. No entanto, em alguns indivíduos, o arco do pé pode não se desenvolver completamente, resultando em pé plano persistente na idade adulta.
Os sintomas associados ao pé plano podem variar, desde nenhum sintoma percetível até desconforto significativo. Alguns sintomas comuns incluem dor na planta do pé, especialmente ao ficar em pé ou caminhar por longos períodos, sensação de cansaço ou peso nos pés, e eventualmente dor nas pernas, joelhos ou costas devido ao desalinhamento biomecânico.
As causas do pé plano podem incluir fatores genéticos que contribuem para um desenvolvimento inadequado do arco do pé, trauma ou lesões nos pés, condições médicas como artrite ou doenças neuromusculares, e em alguns casos, agravamento devido ao excesso de peso corporal.
O diagnóstico de pé plano geralmente é realizado mediante um exame físico completo, onde o médico avalia a estrutura dos pés e a forma como caminha (avaliação da pisada). Em alguns casos, exames adicionais como radiografias podem ser solicitados para avaliar a estrutura óssea do pé.
O tratamento do pé plano depende da gravidade dos sintomas e pode incluir uso de palmilhas ortopédicas, exercícios de fortalecimento e alongamento, modificações no calçado, medicamentos ou cirurgia.
O pé cavo é uma condição ortopédica caracterizada por um arco plantar excessivamente elevado, o que resulta numa área menor de contacto da planta do pé com o chão. Esta curvatura acentuada pode concentrar o peso do corpo no calcanhar e na região dos metatarsos (parte anterior do pé), levando a uma distribuição desigual da pressão e potencialmente causando dor devido à sobrecarga nessas áreas.
Esta condição pode afetar indivíduos de qualquer faixa etária, mas é mais comum ser observada em atletas e começa geralmente a se manifestar a partir dos 8 anos. Algumas das causas potenciais do pé cavo incluem fatores genéticos, anomalias no desenvolvimento dos ossos do pé, condições neurológicas como a doença de Charcot-Marie-Tooth, e traumas repetitivos.
O diagnóstico de pé cavo geralmente envolve uma avaliação clínica detalhada por um podologista, que pode incluir exames físicos para avaliar a forma do pé, a amplitude de movimento e a distribuição da pressão ao caminhar. Em alguns casos, exames de imagem como radiografias ou ressonância magnética podem ser solicitados para avaliar a estrutura óssea e detetar possíveis anomalias.
Em casos mais graves ou persistentes, quando o tratamento conservador não é suficiente, intervenções cirúrgicas podem ser consideradas para corrigir deformidades ósseas ou realinhar o pé.
O calcâneo é de facto o maior osso do pé e desempenha um papel crucial no suporte e na absorção de impacto durante a locomoção, sustentando o peso do nosso corpo. No entanto, o termo “esporão do calcâneo” refere-se a uma condição em que ocorre um crescimento ósseo anormal no calcâneo, formando uma saliência óssea geralmente localizada abaixo do calcanhar ou na região plantar do pé.
Esta condição é frequentemente associada à fascite plantar, onde há inflamação da fáscia plantar devido à sobrecarga ou tensão excessiva. O crescimento ósseo (esporão) pode ser uma resposta do corpo à tensão crónica no ponto de inserção da fáscia plantar no calcâneo. Contrariamente à crença popular, a saliência óssea do esporão em si não é a principal causa da dor associada à fascite plantar. Em vez disso, a dor é geralmente causada pela inflamação e irritação da fáscia plantar.
Os sintomas do esporão do calcâneo incluem dor no calcanhar, especialmente ao dar os primeiros passos pela manhã ou após períodos de descanso prolongados. A dor também pode se intensificar ao longo do dia com atividade prolongada. A saliência óssea em si não é visível externamente sem exames médicos específicos, como radiografias ou ultrassonografias, que podem mostrar o crescimento ósseo.