Termalismo: deve ser comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde?
A comparticipação do termalismo deve ser enquadrada e aprofundado o custo-benefício para cada doente em particular.
Apesar de haver alguma evidência científica mais sólida, com a competência médica de hidrologia, de facto, não se compara a evidência científica que temos, por exemplo, com os medicamentos.
Há uma ausência de estudos de dimensão, robustez e profundidade que permitam sedimentar a utilidade desta terapêutica.
Não tenho dúvidas que, em determinadas circunstâncias, são clinicamente favoráveis, mas não podemos considerar o termalismo como uma panaceia universal para todas as doenças reumáticas – havendo situações em que até poderá ser contraindicado.
A prescrição médica devia ser apenas especializada e, na comparticipação, devia estar explícita a monitorização dos resultados, uma vez que há muitos doentes que não retiram daqui benefícios e acabam por representar um custo ineficaz para o SNS.
Artigo do Dr. Augusto Faustino, especialista em Reumatologia, no Centro Clínico Andar, publicado no Jornal de Notícias a 23 de setembro de 2024.